
Clássicos revisitados
É curioso – e ao mesmo tempo desanimador – como o terror hollywoodiano vem se tornando cada vez menos original nos últimos anos. Sobram fórmulas prontas e faltam ideias inovadoras. Os remakes são produzidos aos montes – algumas vezes até competentes, mas longe dos originais – e as sequências são abusadas à exaustão – vide Jogos Mortais. Nesse sentido, o filme de estréia de Michael Dougherty – que rodou festivais do gênero, mas acabou lançado direto em DVD – não pode ser visto com um grande lance de originalidade. No entanto, a apropriação que o diretor faz de elementos clássicos do terror deve ser levada em conta. Dougherty nos apresenta quatro histórias relacionadas que ocorrem numa noite de Halloween numa pequena cidade do interior de Ohio. O filme se apropria de elementos clássicos do terror, psicopatas, mortos-vivos, vampiros, lobisomens são inseridos no contexto da tradicional festa do Dia das Bruxas. Esse ambiente é muito bem composto pelo diretor, a típica cidade pequena dos EUA, com suas ruas desertas e sombrias, Jacks o’lantern e uma típica festa de rua. A construção dos personagens também representa os tipos comuns, patricinhas, nerds, moças recatadas, diretores de escola certinhos entre outros. O que poderia resultar numa sequência de clichês e mais do mesmo, Dougherty consegue condensar de forma interessante, ligando com habilidade as quatro histórias e criando um personagem inventivo, que pode ser visto como um “espírito do Halloween”. Destaque principalmente para a história do diretor de escola primária e psicopata nas horas vagas, personagem de Dylan Baker – quem mais poderia ser?. As referências do terrir de Sam Raimi e sua trilogia Uma Noite Alucinante ficam evidentes no episódio final. Ainda há momentos geniais, como a sequência do flashback do acidente do ônibus escolar. A estreia de Dougherty na direção pode ser considerada competente e animadora, mesmo se apropriando de uma temática tradicional do gênero, a boa estruturação do roteiro e uma execução acima da média garantem a esperança de bons trabalhos do diretor.
Cotação: ***½ (3,5/5)
Zé.
É curioso – e ao mesmo tempo desanimador – como o terror hollywoodiano vem se tornando cada vez menos original nos últimos anos. Sobram fórmulas prontas e faltam ideias inovadoras. Os remakes são produzidos aos montes – algumas vezes até competentes, mas longe dos originais – e as sequências são abusadas à exaustão – vide Jogos Mortais. Nesse sentido, o filme de estréia de Michael Dougherty – que rodou festivais do gênero, mas acabou lançado direto em DVD – não pode ser visto com um grande lance de originalidade. No entanto, a apropriação que o diretor faz de elementos clássicos do terror deve ser levada em conta. Dougherty nos apresenta quatro histórias relacionadas que ocorrem numa noite de Halloween numa pequena cidade do interior de Ohio. O filme se apropria de elementos clássicos do terror, psicopatas, mortos-vivos, vampiros, lobisomens são inseridos no contexto da tradicional festa do Dia das Bruxas. Esse ambiente é muito bem composto pelo diretor, a típica cidade pequena dos EUA, com suas ruas desertas e sombrias, Jacks o’lantern e uma típica festa de rua. A construção dos personagens também representa os tipos comuns, patricinhas, nerds, moças recatadas, diretores de escola certinhos entre outros. O que poderia resultar numa sequência de clichês e mais do mesmo, Dougherty consegue condensar de forma interessante, ligando com habilidade as quatro histórias e criando um personagem inventivo, que pode ser visto como um “espírito do Halloween”. Destaque principalmente para a história do diretor de escola primária e psicopata nas horas vagas, personagem de Dylan Baker – quem mais poderia ser?. As referências do terrir de Sam Raimi e sua trilogia Uma Noite Alucinante ficam evidentes no episódio final. Ainda há momentos geniais, como a sequência do flashback do acidente do ônibus escolar. A estreia de Dougherty na direção pode ser considerada competente e animadora, mesmo se apropriando de uma temática tradicional do gênero, a boa estruturação do roteiro e uma execução acima da média garantem a esperança de bons trabalhos do diretor.
Cotação: ***½ (3,5/5)
Zé.
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