terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Praça Saens Peña (idem), de Vinícius Reis (Brasil, 2008)


Uma crise conjugal de classe média

Um casal unido e feliz, com uma filha geniosa. O marido (Chico Diaz), um professor de Literatura, é convidado para escrever um livro sobre o bairro da Tijuca, uma de suas paixões. E aqui começam os problemas. Sua mulher (Maria Padilha) sonha em comprar um apartamento. A filha (Isabella Meirelles), um computador novo. Sinteticamente, esse é o enredo de Praça Saens Peña. Chico Diaz tem uma atuação inconstante e incerta, não chegando a convencer de que o personagem sente realmente algo. Parece estar sobre os demais personagens, criando uma espécie de “sombra”. A esposa, interpretada por Maria Padilha, talvez represente a personagem mais interessante . Uma mulher “pés-no-chão”, companheira e dedicada, que perde a linha com a dedicação do marido ao livro. Ela o trai de um modo não convincente, nem para a sua personagem – que parece não acreditar no relacionamento extraconjugal –, nem para o filme em si (o início do caso é ridículo). Uma jogada estranha no roteiro. Já a filha adolescente do casal, também fica “vaga” no filme, não saindo, nem chegando a qualquer lugar. No final das contas, o filme parece retratar apenas uma crise conjugal de uma família de classe média, que vive entre as balas perdidas dos morros cariocas. A crise, no entanto, é inverossímil. O destaque fica para alguns toques técnicos interessantes e algumas imagens muito bonitas.

Cotação: ** (2/5)


Léo.

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